O levantamento dos pesquisadores Francisco de Brito e José Wellington, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Sebrae/PI, respectivamente, apontou que mais de 40 municípios alagoanos estão aptos para o cultivo da mamona, além dos nove já zoneados pela Embrapa.
Os pesquisadores percorreraram, juntamente com os técnicos envolvidos no programa de biodiesel em Alagoas, vários municípios do Estado a fim de envolver os prefeitos, os trabalhadores rurais e a iniciativa privada no projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Agronegócio da Mamona, coordenado pela Secretaria Executiva de Planejamento e Orçamento e pelo Sebrae/AL.
De acordo com Francisco Brito, já está em processo de negociação o trabalho de zoneamento nos municípios com potencial para o cultivo da mamona. “Esse trabalho é balizador do projeto. A intenção, inclusive, é de que já possamos aproveitar a próxima safra que acontece nos meses de abril e maio”, afirma.
Ainda segundo ele, um dos fatores que favorece a expansão da planta em Alagoas é a qualidade das sementes. Foram coletadas amostras em Chã Preta, Quebrângulo, Estrela de Alagoas, Palmeira dos Índios e Pariconha. Em todos os pontos o peso ficou acima da média do Nordeste que é de 65g a 70g.
Outro fator relevante para o bom desenvolvimento da planta é a altimetria. “A base altimétrica do Estado também está entre a média que é de 300 a 1.500 metros. Mas, os municípios de menor altitude terão capacidade de cultivar outras variedades da mamona”, conclui Brito.
