Representantes de 14 municípios alagoanos participam da II Feira de Economia Solidária na praça Floriano Peixoto, no Centro de Maceió. A atividade é uma estratégia de comercialização que ocorre em 16 Estados e no Distrito Federal.
De acordo com Elizabeth Regina, uma das organizadoras, até amanhã 37 empreendedores, organizados em 50 barracas venderão doces, peças em artesanato, frutas e roupas produzidos por pequenas associações, grupos e cooperativas. “Na economia solidária não há vínculos empregatícios, o que diminui o índice de desempregados”, explica.
As feiras da Economia Solidária ocorrem uma vez ao ano, apoiadas pelo Programa Nacional de Fomento às Feiras, da Política Nacional de Comércio Ético Solidário e do Consumo Responsável. Em Alagoas, o projeto é dividido em cinco micro-regiões, no qual participam cerca de 170 empreendimentos.
“Nossa preocupação não é nem tanto a de vender, mas em mostrar o trabalho feito pela família, no povoado de Moquenho, em União dos Palmares”, afirmam os primos José Vieira e José Edson da Silva, que produzem peças de barro. Eles são descendentes de quilombolas e explicaram que fazem parte da quarta geração da família que trabalha na arte do barro.
Outro exemplo de Economia Solidária é a doceira Maria Telma, de Palmeira dos Índios. Ela conta que há três anos o grupo se uniu para trabalhar e hoje, cada uma das nove famílias recebe de R$ 120 a R$ 160 por mês. “A primeira compra foi fiada e hoje nós vendemos os doces na cidade e em eventos em Maceió”, conta.
Segundo Elizabeth Regina, no dia 11 de janeiro haverá uma reunião no Rio Grande do Norte, para avaliar as feiras e os empreendimentos do país. “Queremos criar um Centro de Referência em Economia Solidária em Alagoas e acabar com o atravessador”, anuncia.