A taxa média de juros do cheque especial passou de 148,6% em outubro para 149,2% em novembro, a maior desde março de 2003. De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a elevação ocorreu por causa de uma única instituição bancária que manteve alta a taxa, apesar de a taxa básica de juros da economia, a Selic, ter passado de 19,75% para os atuais 18% a partir de setembro.
"O movimento de novembro está um pouco fora da curva. É um movimento que reflete uma concentração em determinada instituição cuja taxa é um pouco elevada", comentou Lopes.
De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central, todas as demais operações de crédito acompanharam a Selic e se reduziram em novembro. "O movimento das taxas é de queda. As taxas caíram 1,1 ponto percentual e estão em linha do que já se esperava", ressaltou Lopes.
A taxa de juros nas operações de crédito pessoal passou de 70,3% ao ano em outubro para 68,7% em novembro. A taxa cobrada na compra de bens caiu para 60,4% ao ano.