O Ministério Público do Rio ofereceu denúncia contra 37 pessoas suspeitas de aplicar o golpe do seqüestro falso pelo telefone, ontem. O grupo já teria feito milhares de vítimas –que teriam pagado entre R$ 100 e R$ 10 mil cada uma– em vários Estados.
Desde fevereiro, foram registrados golpes em Minas, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e outros Estados da região Nordeste. Duas das 19 mulheres denunciadas estão presas na 115ª DP (Miracema) e outra, no Instituto Penal Talavera Bruce. Já entre os 18 homens denunciados estão quatro ex-detentos do norte do Estado do Rio.
Se a denúncia for aceita pela Justiça, eles serão processados por formação de quadrilha, extorsão, receptação, estelionato e lavagem de dinheiro.
Golpes
Segundo o Ministério Público, as mulheres que integravam o esquema eram as responsáveis por levantar informações pessoais sobre as vítimas. Logo, as vítimas recebiam telefonemas em que o interlocutor as convencia de que alguém conhecido fora seqüestrado, e exigia pagamento pela libertação.
O dinheiro deveria ser depositado em contas bancárias ou usado na compra de cartões de recarga para celulares pré-pago.
Outras vezes, ao invés de forjar um seqüestro, os criminosos passavam-se por funcionários de operadoras de telefonia e convenciam as vítimas a programar seus telefones para redirecionar as chamadas para os números usados por eles.
Para convencer as pessoas a digitar os códigos no telefone, eles fingiam oferecer crédito em minutos de conversação.
