O papa Bento 16, em seu primeiro Natal como pontífice, pediu aos católicos no domingo que sejam defensores da paz em um mundo turbulento e ofereceu uma oração especial para o final das disputas na Terra Santa.
O papa de 78 anos, que foi eleito no dia 19 de abril para suceder o papa João Paulo 2º, celebrou uma missa solene na Basílica de São Pedro para os 1,1 bilhão de católicos do mundo.
"Onde há amor, a luz brilha à frente no mundo; onde há ódio, o mundo permanece na escuridão", disse ele em sua homilia.
Peregrinos e turistas de todo o mundo se reuniram para ver o primeiro Natal de Bento como papa. Aqueles que não conseguiram ingressos, que são distribuídos de graça, assistiram à homilia por telões aos redores da maior igreja da cristandade.
"A luz de Belém nunca foi apagada. Em todas as eras ela toca homens e mulheres, ela tem brilhado ao redor deles", disse ele, usando roupas brancas e douradas.
Cerca de 30 cardeais se juntaram a ele no principal altar da basílica para a celebração, que foi transmitida ao vivo para 46 países e acompanhada por milhares de pessoas na televisão e no rádio.
Bento recontou a história no nascimento de Cristo em Belém e pediu aos católicos para não esquecerem que o verdadeiro significado do Natal é a radiação da "luz interior" do Menino Jesus.
"Vamos impedir que essa luz seja apagada pelos ventos frios de nossa época!", disse ele.
Ele pediu que todos ajudem a acabar com os conflitos e desentendimentos, onde quer que eles aconteçam.
"Vamos trabalhar para sermos mensageiros ativos da sua paz no mundo de hoje", disse ele. "Cristo se dá a nós e, ao fazer isso, nos dá sua paz. Ele a dá a nós para que possamos carregar a luz da paz e dá-la a outros. Ele a dá a nós para que possamos ser pacificadores e construtores da paz no mundo", disse ele.
O papa, que foi convidado para visitar tanto Israel quanto os territórios palestinos, fez um apelo especial por paz na Terra Santa.
"Nessa noite, quando olharmos para Belém, vamos rezar de uma maneira especial para o lugar de nascimento de nosso Redentor e para os homens e mulheres que vivem e sofrem lá", disse ele.