O município de Santana do Mundaú inicia, amanhã, a comercialização de laranja-lima para a Central de Abastecimento de Recife (Ceasa). A primeira remessa é de 1.200 caixas, totalizando 25 toneladas da fruta. Os agricultores receberam financiamento do Banco do Nordeste, no valor de R$ 372 mil, destinado à exportação da laranja-lima, principal produto daquela região.
Para a agente de desenvolvimento do BNB, Francisca Lílian Rodrigues, esse é apenas o começo da comercialização para outros estados. Ela informa que as Ceasas de municípios da Bahia e da Paraíba também estão interessadas na compra da laranja-lima de Santana do Mundaú.
Segundo Lílian Rodrigues, uma das exigências da Ceasa de Recife foi a de que as laranjas estivessem selecionadas e embaladas em caixas tipo exportação. “O BNB realizou financiamento com 31 produtores para a compra das caixas e o fortalecimento do pomar; o Funcred (Fundo de Microcrédito do Governo do Estado) conseguiu a liberação de um Box na Ceasa para a comercialização do produto, e o Ideral (Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado de Alagoas) realizou a capacitação daqueles trabalhadores rurais”, informa Lílian, destacando a importância das parcerias nesse processo.
Articulação e crédito
A agente de desenvolvimento do BNB esclarece que a comercialização é mais uma etapa do processo de estruturação da produção de laranja-lima naquela região. “Os municípios de Santana do Mundaú, União dos Palmares e Branquinha fazem parte do Plano de Trabalho Territorial-Leste 4, um modelo de atuação do BNB que envolve os agentes de desenvolvimento para promover a estruturação dos arranjos produtivos locais (APL) e de atividades prioritárias em cada território”, disse.
O trabalho de estruturação desse APL conta também com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria Executiva de Agricultura do Estado de Alagoas, Cooperativa dos Produtores de Laranja-lima de Santana do Mundaú e Prefeituras de Santana do Mundaú, União dos Palmares e Branquinha.
O projeto inclui ainda a inserção da laranja-lima na merenda escolar e a criação de uma usina de beneficiamento da fruta. “Paralelo à articulação, o BNB entra com os recursos necessários para a realização dessas ações. Para a comercialização, os recursos utilizados, cerca de R$ 372 mil, são do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf- grupo D)”, ressalta Lílian.
