Não use vírgula entre a conjunção e o sujeito da oração

Mas, a decisão de vir passar os festejos de final do ano em Alagoas alimentou a especulação sobre a candidatura do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) ao governo do Estado.”

O trecho selecionado para o comentário de hoje, extraído do jornal “Tribuna de Alagoas”, trata da passagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelo Estado de Alagoas.
Do ponto de vista gramatical, apresenta um erro de pontuação. Observe que a palavra “mas” é uma conjunção, o que vale dizer que é o elemento que opera a ligação entre duas orações de um período.
Não ocorre pausa (representada por vírgula) entre a conjunção e o sujeito da oração que ela encabeça. A vírgula ocorre antes da conjunção “mas”, não depois dela.
No fragmento reproduzido acima, a conjunção dá início a um período, tipo de construção que, embora hoje seja muito freqüente, é condenado pela gramática tradicional. A sugestão, nesse caso, seria a substituição da conjunção “mas” por um sinônimo (“contudo”, “todavia”, “entretanto” etc.), que não ficaria no começo do período, mas intercalado (entre duas vírgulas).
Abaixo, duas reformulações possíveis para o texto de hoje:

Mas a decisão de vir passar os festejos de final do ano em Alagoas alimentou a especulação sobre a candidatura do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) ao governo do Estado.”

A decisão, entretanto, de vir passar os festejos de final do ano em Alagoas alimentou a especulação sobre a candidatura do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) ao governo do Estado.”

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