O técnico Carlos Alberto Parreira disse que vem pensando diariamente no grupo que vai levar para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. O comandante da Seleção Brasileira afirmou que a tarefa é bastante complicada porque tem até 40 jogadores para as 23 vagas.
"Será uma dificuldade muito grande (definir o grupo que vai à Copa) ter que cortar alguém, mas tenho 35, 40 jogadores e tenho que deixar só 23. São decisões que precisam ser tomadas e que vamos tomar", disse Parreira, em entrevista à TV Globo.
Ao mesmo tempo em que mostra preocupação com a definição dos convocados, o treinador diz que o grupo está pronto para encarar mais um Mundial e buscar o hexa. E, desta vez, de uma forma mais tranqüila.
"Vamos chegar de uma maneira diferente na Copa. Antes, na maioria das vezes, chegamos desacreditados, sem a confiança. Agora o Brasil chega como super favorito."
Para Parreira, até mesmo o fato de a Seleção ter sido obrigada a disputar as Eliminatórias, apesar de ser a atual campeã mundial, foi benéfico. "A Fifa acabou nos ajudando. Se não tivéssemos disputado a Eliminatória, teríamos imensas dificuldades, porque ela já é uma Copa do Mundo. Ela mobiliza o País, os jogadores."
O técnico afirmou ainda que, apesar do título da Copa das Confederações e do primeiro lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas, o Brasil deixou a desejar em algumas ocasiões, mas que a força de vontade dos atletas fez o grupo superar os maus momentos.
"As vitórias sempre encobrem muitas coisas. Algumas atuações não foram dignas de um pentacampeão, mas a determinação e o espírito de equipe foram fundamentais."
E mesmo com tantos jogadores de talento na Seleção, Parreira não deixou de reverenciar um europeu. Questionado sobre qual estrangeiro gostaria de contar em seu grupo, o treinador foi rápido: "Gosto muito do Zinedine Zidane. Se encaixaria perfeitamente na Seleção, porque é um fora de série".