O governo de Alagoas fará concurso no próximo ano, para o preenchimento de 1.200 vagas para agente penitenciário. A informação é do secretário executivo de Ressocialização, coronel Aurélio Rosendo. Segundo ele, com essas vagas o sistema prisional terá condições de funcionar plenamente. “O certame vai dotar o sistema de condições para a sua vigilância”, reforçou.
Aurélio Rosendo acrescentou que a secretaria está passando por um processo de reavaliação e planejamento, com o objetivo de destacar as reais necessidades da pasta e implementar novas ações em 2006. “Os problemas que enfrentamos em 2005 nos motivaram a fazer esse estudo. Iniciamos um processo de capacitação de servidores e, com esse concurso, vamos tentar modificar a imagem da nossa pasta”, avaliou.
Ele adiantou que até o final de janeiro o presídio Rubens Quintela, que ficou parcialmente destruído na última rebelião, será totalmente recuperado. “Estamos concluindo a recuperação do pavimento superior e, devido aos benefícios e ao mutirão do Ministério Público, Defensoria e Poder Judiciário conseguimos a liberdade de 240 reeducandos. Além disso, vamos remanejar alguns detentos para o outro pavimento até o término das obras”, colocou o secretário.
Capacitação
Vários projetos de capacitação existentes na Secretaria de Ressocialização que, de acordo com o coronel, são gerências de programas que atendem às necessidades atuais, estão sendo otimizados com o objetivo de elevar a auto-estima dos agentes e permitir o surgimento de outra mentalidade no corpo funcional.
“Hoje, os agentes não têm a idéia de que o reeducando não é seu inimigo. Ele é um cliente do sistema prisional. É esta a imagem que queremos adotar, para excepcionar os apenados, através de trabalhos de capacitação, especialização e profissionalização, para que devolvamos à sociedade um produto acabado”, reforçou Rosendo.
Atualmente, a secretaria oferece quatro cursos de capacitação: horta comunitária, com cursos de cultura de plantas medicinais e de combate a pragas e doenças na lavoura, oferecido em Maceió e Arapiraca, e que abastece as unidades prisionais; reeducando a arte, que desenvolve habilidades artesanais das mais variadas, e fábrica da esperança, desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer, que viabiliza a confecção de bolas de voleibol, futebol de salão e de campo, e fabricação de peças à base da casca do coco.
Segundo o secretário, 800 reeducandos trabalham diretamente e em turnos alternados, além de 500 envolvidos em curso de alfabetização e no ensino fundamental.