“E complicaria a situação do governador que, só se tiver bem nas pesquisas, no momento certo, entra na roda dos dois.”
No fragmento selecionado para o comentário de hoje, extraído do jornal “Gazeta de Alagoas”, verifica-se o uso do verbo “ter” no lugar do verbo “estar”.
Ocorre que, no futuro simples do subjuntivo, os verbos “ter” e “estar” assumem formas parecidas. De “ter” forma-se “tiver”; de “estar” forma-se “estiver”. Na linguagem oral, é comum o desaparecimento da forma “estiver”, pronunciada como “tiver”. Na linguagem escrita, todavia, não se admite a ausência de distinção entre ambas.
Para reformular o texto a contento, é necessário ainda estabelecer a correlação de tempos verbais. Como “estiver” (verbo da oração subordinada condicional) é uma forma de futuro, o verbo “entrar” (verbo da oração principal) deve também ir para o futuro (“entrará” ou “vai entrar”).
Veja, abaixo, a reformulação do texto:
“E complicaria a situação do governador, que, só se estiver bem nas pesquisas, no momento certo, vai entrar na roda dos dois.”
