Os resultados da primeira fase do projeto “Blonde Nordeste”, desenvolvido em Alagoas, serão apresentados nesta segunda-feira, às 10 da manhã, no Fórum Permanente da Agropecuária Alagoana, que acontece na sede da Federação de Agricultura do Estado de Alagoas (Faeal).
A apresentação será feita pelo coordenador do projeto, professor Amaro Calheiros, pelo diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária, Hibernon Cavalcanti, e pelo o médico veterinário e técnico da Secretaria Executiva de Agricultura, Irrigação Pesca e Abastecimento, Cícero Cavalcanti.
Além deles, o maior especialista da raça no mundo, o francês Jean Blanc, vai proferir palestra sobre as peculiaridades e o desenvolvimento da raça no mundo. O evento será aberto a pecuaristas de todo o Estado.
À tarde, às 17 horas, o grupo coordenador se reúne, em palácio, com o governador interino Luis Abílio, e com o secretário coordenador de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti, para apresentar os resultados e discutir os rumos do projeto em 2006.
Com o cruzamento da raça Blonde D’Aquitaine com espécies criadas em Alagoas, a exemplo do Nelore, os produtores podem alcançar um ganho em produtividade na ordem de 30%. Em parceria com o governo francês, o Estado subsidia dois terços do valor dos investimentos dos produtores.
A meta é obter carne de melhor qualidade, com um preço de produção menor. Com isso, o produto alagoano deve ganhar competitividade no mercado nacional e até internacional.
Convênios
O desenvolvimento da raça Blonde D’Aquitaine em Alagoas teve início em maio 2004, após uma visita oficial do governador Ronaldo Lessa, do secretário Arnóbio Cavalcanti e de uma comitiva à região de Aquitaine, na França – referência na criação da espécie na Europa.
Na ocasião, além da área de bovinos, foram firmados outros acordos com o governo local em áreas como agricultura, fisiologismo vegetal, turismo, educação e a maricultura (próxima área a ter ações integradas).
Arnóbio Cavalcanti afirma que o intercâmbio com os franceses já começa a dar frutos. A meta agora é convocar outras secretarias, visando não só o melhoramento genético, mas o desenvolvimento do setor pecuário no Estado. “Vamos dar início agora à segunda etapa, que vai contar com o estudo de ação social nesse sentido, já que essa fase inclui socialmente pequenos produtores. A Secretaria Executiva de Inclusão e Assistência Social vai participar desse processo também”, afirma.
Nessa segunda etapa serão contemplados micro e pequenos pecuaristas do Sertão alagoano, que vão receber ampolas de sêmen para melhorar a genética do gado. “É uma forma de gerar e aumentar a renda, por meio de um processo de um ganho genético de nossas espécies”, avalia.