O presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas, Gerônimo Ciqueira, espera uma resposta da Procuradoria Geral da República sobre a falta de estrutura da Comissão Permanente do Vestibular da Universidade Federal de Alagoas para atender os deficientes físicos. O pedido feito pelos deficientes é para cancelar as provas do vestibular.
Agora há pouco, Gerônimo Ciqueira ouviu pais de deficientes físicos, que denunciaram grosseria de profissionais que trabalharam no vestibular e falta de condições para as necessidades dos deficientes. “Há uma lei que garante acesso das pessoas com deficiência. Para quem tem problemas auditivos, deve ter um intérprete; para os deficientes visuais, alguém com conhecimento em braile; e para quem é deficiente físico, o acesso deve ser facilitado, com rampas”, explica Ciqueira.
A confusão ocorreu ontem, quando foram realizadas as primeiras provas do Processo Seletivo Seriado, da universidade. Pela falta de intérpretes no início das provas, alguns deficientes começaram a fazer as provas com meia hora de atraso. “Eles tiveram o tempo a mais e hoje colocamos mais intérpretes no colégio para evitar problemas”, disse Zeuques Emanuel, secretário do coordenador da Copeve, José Carlos.
De acordo com a comissão, 54 inscritos no processo do vestibular informaram que são deficientes físicos e solicitaram apoio para fazer as provas. Hoje, 40 deles realizarão os testes no Colégio Maria José Carrascosa, no bairro do Poço.