Assaltantes migram da Santa Amélia para a Barra

Os assaltantes que invadiram a mansão da Barra de São Miguel, alugada por temporada pelo juiz goiano Danilo Luiz Meireles, devem ser os mesmos que invadiam mansões na Santa Amélia – eles teriam migrado depois de praticarem dez assaltos e uma das vítimas tê-los denunciado.

O “modus operandi”, no linguajar policial, é o mesmo, como admitiu um dos policiais da Roubos e Furtos, que vem investigando a quadrilha; eles agem à noite, sempre surpreendem as vítimas chegando em casa e se comunicam falando gírias policiais – chamam carro de viatura; e empregam o termo positivo e negativo como advérbio de afirmação e negação.

IMPUNES

Sempre bem informados sobre as posses das vítimas, nunca perderam a viagem; no assalto à mansão do empresário João Ferro, na Santa Amélia, por exemplo, se conformaram com R$ 1,7 mil depois que espancaram o empresário e o filho.

No assalto à mansão da empresária Bebé Calheiros, dona da Natureza, loja de plantas à margem da rodovia da Santa Amélia, foram exigentes, pois sabiam da existência do cofre na casa do filho dela. “Eles vieram certos”, disse a empresária, que estava em casa – o filho dela é seu vizinho.

O juiz Danilo Meireles, do 3º Juizado Especial Cível de Goiás, está de férias em Alagoas e alugou a mansão com mais três casais amigos; eles estavam há 15 dias na Barra de São Miguel e já elogiavam a tranqüilidade de Alagoas, quando, na noite de domingo, ao voltar de Maceió por volta das 22 horas, foram rendidos pelos assaltantes.

Os dez assaltos às mansões na Santa Amélia estão impunes até agora; a maioria das vítimas se recusou a prestar queixas e se resignou das perdas. E não há muita esperança de a polícia conseguir esclarecer o assalto à mansão alugada pelo juiz; a primeira investigação, feita cerca de duas horas depois de as vítimas pedirem socorro, foi concluída sem sucesso.

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