O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, disse hoje que o novo valor do salário mínimo deve ficar mesmo em torno de R$ 350. "Creio que o número já está mais ou menos fechado, que é R$ 350. Eu acho que não haverá mudança no número. O que pode haver, também não acho fácil, é uma mudança na data de aplicação. Tudo vai depender do presidente Lula", disse Jaques Wagner, em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto, nesta tarde.
A decisão sobre o valor e vigência do novo salário mínimo foi adiada depois de uma reunião, realizada ontem (19) entre representantes do governo e de centrais sindicais, que acabou sem acordo. Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (24). A última proposta apresentada pelos sindicalistas foi de salário mínimo de R$ 350, com antecipação do pagamento para abril, e reajuste de 8% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física. A proposta do governo é de R$ 350 em maio e correção da tabela em 7%.
Indagado sobre quando o presidente Lula indicaria um novo nome para ocupar a vaga do ministro Carlos Velloso, no Supremo Tribunal Federal (STF), Wagner disse que a decisão cabe ao presidente. "Evidentemente, o prazo para a indicação não pode ser muito postergado porque a vaga já existe no STF", acrescentou. Velloso aposentou-se compulsoriamente ontem (19) por ter atingido a idade limite de 70 anos.
Sobre a reunião de ontem entre o presidente Lula, ministros e a bancada do PMDB no Senado, na casa do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Jaques Wagner disse que serviu como uma espécie de aproximação do governo com a base aliada. Segundo o ministro, foi apenas um de uma série de encontros que ainda estão por vir com parlamentares da base governista.
Jaques Wagner informou que, durante o jantar, a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, fez uma apresentação aos senadores dos programas desenvolvidos pelo governo nos últimos três anos nas áreas social e de infra-estrutura.
