Em conjunto com as secretarias de educação, o Pró-Letramento desenvolveu no ano passado, cursos para a formação de mais de mil tutores. O objetivo principal da ação é a melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e da matemática nas séries iniciais do ensino fundamental.
Segundo a coordenadora-geral de políticas de formação do Ministério da Educação, Lydia Bechara, o programa depende da adesão dos estados. “Nós recomendamos aos municípios e às secretarias de educação que o curso também seja optativo e não obrigatório, porque é mais importante o professor que vai interessado do que aquele que vai por obrigação”, afirma. Ao participar do programa, o professor recebe uma certificação de curso de extensão (120h) assinado por uma das universidades parceiras da iniciativa.
O Pró-Letramento é desenvolvido pelas secretarias de Educação Básica (SEB/MEC) e de Educação a Distância (Seed/MEC) e trabalha com estados onde, de acordo com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), os alunos tiveram um baixo índice de rendimento. Com base na avaliação feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), os estados de Alagoas, Piauí, Maranhão e Bahia são os que mais necessitam do programa. No o segundo semestre, ele deverá ser implementado nos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.
Conteúdo
O material do curso de Alfabetização e Linguagem é composto por sete fascículos que abordam os temas: capacidades lingüísticas da alfabetização e a avaliação; organização do tempo pedagógico e o planejamento de ensino; organização e uso da biblioteca escolar e das salas de leitura; modo de falar/modos de escrever e outros.
Para o curso de matemática, foram produzidos nove fascículos com os temas: números naturais; operações com números naturais; espaço e forma; frações; grandezas e medidas e outros.
Saeb
Dados do Saeb apontam que mais da metade do total de estudantes do ensino fundamental no Brasil estão classificados entre ‘muito crítico’ e ‘crítico’ em língua portuguesa. O mesmo acontece com matemática, onde mais da metade dos estudantes estão abaixo do mínimo esperado para quatro anos de escolarização.