A Polícia Civil admitiu agora há pouco que o assalto não foi direcionado. Os bandidos entraram na primeira casa que estava com a porta aberta. O neto do desembargador estava brincado com outros amigos, na porta da residência, quando um Golf azul escuro parou e anunciou o assalto para as crianças e fizeram com que o garoto levasse os quatro até o quarto de Estácio Gama.
Conforme Gama, ele estava dormindo e foi acordado pelos criminosos. “Eles me disseram que se tratava de um assalto, mas não sabiam quem eu era. Eu mantive a calma porque percebi que não iria acontecer nada grave. Os bandidos levaram apenas o dinheiro que eu tinha na carteira, alguns cartões da minha esposa, a televisão e um rádio. Iriam levar meu carro, mas ele disparou na hora o que impossibilitou a ação”.
“Esta situação é passageira, mas nos deixa uma preocupação pela violência em Alagoas. É preciso que nos reunamos com o secretário de Defesa Social, Paschoal Savastano, para saber os rumos da segurança pública. Eu confio na Polícia Civil de Alagoas, mas isto é um fator social do Brasil e que precisamos tomar providências”, colocou o juiz.
Segundo Estácio Gama, os bandidos comentaram com ele que “levavam uma vida difícil” por conta da “falta de estudo e emprego”. “Quando souberam que eu era presidente do Tribunal de Justiça, pediram desculpa e disseram que preferiam estar assaltando a casa do governador Ronaldo Lessa, como se a culpa da desigualdade social pudesse ser atribuída a alguém”.
“Eu estou bem. Não há motivos para preocupação. Agradeço a atenção de todos. A Polícia Civil neste momento está realizando a perícia dentro da casa, tentando recolher digitais dos objetos tocados por eles e eu volto a dizer, confio no trabalho de nossa segurança pública”, finalizou o desembargador.