Decolou por volta das 10h40 de hoje, do aeroporto de Pampulha (MG), o avião hércules da FAB (Força Aérea Brasileira) que vai buscar os 36 alunos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) que sobreviveram a um acidente no Peru e os corpos de outros quatro, que morreram.
O avião -cedido pelo Ministério das Relações Exteriores- saiu da base no Rio por volta das 9h com direção a Belo Horizonte (MG), onde embarcaram a diretora de Relações Internacionais da UFMG, professora Sandra Almeida, o pró-reitor de pós-graduação, Jaime Arthuro Ramirez, e o médico do Hospital das Clínicas Bruno Sanches.
Eles devem chegar à localidade onde o acidente ocorreu, no departamento (Estado) de Arequipa (Peru), às 16h (hora de Brasília) e voltar ao Brasil já no início da madrugada de quinta (26). O tempo estimado de vôo entre Belo Horizonte e Arequipa é de seis horas.
Quando chegar, o grupo deverá visitar os hospitais Geral, de Segurança Social e de Yanaguara, onde parte dos estudantes continua internada.
Os corpos dos estudantes mortos –Pedro Coelho D’Ávila Corrêia, de ciências da computação; Roberto Tadeu de Melo Barbosa, de engenharia de produção; Taís Palmerston, de odontologia; e Thiers Laje Bretas, da geografia– já foram liberados pelas autoridades peruanas.
Acidente
O acidente aconteceu por volta das 23h10 de terça (2h10 de Brasília), na região da Curva de la Cura, em Uchumayo. Pelo menos 17 alunos ficaram feridos, mas não correm risco de morte. Os demais estão em um hotel pago pelo Consulado do Brasil na cidade.
De acordo com o relato da estudante de Comunicação Social Marina Utsch à assessoria de imprensa da UFMG, o ônibus não conseguiu fazer uma curva em um terreno muito acidentado, tombou para o lado esquerdo e bateu em uma pedra, que o impediu de cair em uma ribanceira.
O veículo foi contratado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade e fretado pela empresa Labtur Turismo e Excursões. Ele saiu de Belo Horizonte (MG) há uma semana para levar os alunos para Cáceres (MT), Bolívia, Peru e, finalmente, Caracas. O fórum começa nesta terça, mas o ônibus só chegaria à cidade amanhã.
De acordo com o representante da Labtur Marcos Lúcio, o atraso ocorreu porque o ônibus foi impedido de cruzar a fronteira com a Bolívia à noite e, por isso, os estudantes tiveram que dormir uma noite em Cáceres.