O procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, defendeu a intervenção federal na Segurança Pública de Alagoas, durante entrevista, concedida hoje à tarde, quando também ratificou declarações prestadas pela manhã, quanto necessidade do afastamento, imediato, do secretário de Justiça e Defesa Social, Paschoal Savastano, do diretor de Polícia Civil Robervaldo Davino, e do comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Edmilson Cavalcante.
“O assalto à casa do desembargador Estácio Gama foi um afronta à Segurança Pública e ao Estado. As autoridades que hoje ocupam a cúpula da segurança devem ter o bom senso de entregar seus cargos ao governador Ronaldo Lessa”, sugeriu o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca.
Para o procurador-geral, se não houver o afastamento da atual cúpula, Lessa e o vice-governador Luís Abílio vão ter sua administração comprometida. “A Segurança Pública alagoana está “desmoralizada” e “descoordenada”, avalia. Fonseca.
Crime organizado
A possibilidade de os assaltantes não imaginarem que a casa assaltada pertencia a maior autoridade do Poder Judiciário alagoano, segundo o procurador-geral, deve ser descartada. “Quem vivencia de combate a esse tipo de crime sabe que o assaltante procura facilidade, não escolheria justamente uma casa guardada por seguranças para agir. Estamos diante de mais uma ação do crime organizado”, reforça o procurador-geral.
Os assassinatos de Fernando Fidélis e Cícero Belém foram citados por Fonseca como exemplos da “falta de força, coragem e determinação para investigação a fundo do crime organizado”. Na avaliação do chefe do Ministério Público, falta coordenação entre as polícias e gente capacitada. Não tenho confiança na Polícia Militar de Alagoas, nem na Civil, embora haja exceções entre os integrantes das duas instituições”, desabafa Fonseca.