Em uma entrevista coletiva concedida na manhã de hoje, o atacante Grafite confirmou que acionou a Justiça para deixar o São Paulo. Seu destino será o Le Mans (França) -o jogador vai viajar para a Europa na próxima semana.
Gustavo Feijó, procurador do atleta, entrou com uma ação na 87ª Vara pedindo o cumprimento da cláusula contratual acordada entre o São Paulo e Grafite. Foi feito um depósito em juízo no valor de US$ 3 milhões, valor da multa rescisória.
"Eu queria sair de maneira amigável. Quando o fato envolve a Justiça, no entanto, fica conturbado. Mas não vou ser o primeiro nem o último jogador a sair desta forma. Ficamos quase 20 dias negociando e não houve acordo", disse Grafite.
Apesar da decisão de acionar a Justiça, Grafite disse que não guarda mágoas dos dirigentes são-paulinos e que espera ser lembrado com carinho pela torcida.
"Eu sempre tive um bom relacionamento com a diretoria e espero manter isso na saída. Só queria ser valorizado porque penso no lado da minha família. Não acho que isso é ser mercenário. Vou procurar fazer a minha história em outro clube", explicou.
"Para o torcedor, o que fica é que eu sempre me empenhei quando entrei em campo. Espero ser lembrado pelos títulos que ajudei a conquistar", completou. No ano passado, o São Paulo foi campeão paulista, da Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa.
Grafite tem contrato com o clube até o final deste ano e confirmou que o São Paulo ofereceu um novo acordo para que ele continuasse no Morumbi.
"O São Paulo queria fazer um contrato por mais três anos. Mas, se eu fizesse isso, as minhas chances no futebol europeu seriam pequenas. Quero atuar num clube da Europa, fazer minha independência financeira", explicou.
Antes de viajar para a França, Grafite disse que pretende aparecer no CCT da Barra Funda. "Amanhã vou ao clube me despedir dos jogadores, dizer adeus para a comissão técnica e pegar o resto das minhas coisas", finalizou.
