O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avalia o fim da verticalização partidária para as campanhas eleitorais como "uma medida que já poderá produzir efeito nas eleições de outubro deste ano", embora, segundo ele, isso possa acontecer "sem eficácia".
Com o fim da verticalização, ele acredita haver o início da reforma política. Mas avalia que a coligação pode se tornar complicada quando envolve muitos partidos, o que seria, para ele, "verticalizar o caos".
O fim da verticalização, aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados ontem (25), permitirá que no plano estadual os partidos sigam os acordos válidos para o plano nacional. O senador José Jorge (PFL-PE) avalia que a verticalização, aprovada em 2002 pelo Tribunal Superior Eleitoral, "não é democrática e foi um retrocesso político no país".
A unificação do pensamento partidário nacional com os estados, para o representante pernambucano, "é boa para o sistema eleitoral e para a democracia". José Jorge adverte que, por se tratar de um dispositivo constitucional, e não de um projeto de lei, a regra pode ser "inócua" para as eleições deste ano.