O principal benefício que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai colher com o fim da verticalização das alianças, conforme análises feitas por seus aliados, é a amplitude de palanques regionais e a desvinculação do PT. "Lula, agora, não fica refém do PT.
É muito bom para o presidente que não tenha palanques petistas nos Estados", concluiu um fiel aliado do presidente, da base de sustentação no Congresso. A conclusão dos amigos e interlocutores de Lula é que o desgaste sofrido pelo PT durante a crise política poderia prejudicar a reeleição do presidente.
Para poupar Lula, o governo traçou uma estratégia ao longo dos últimos meses de concentrar os danos da crise no Congresso e nas legendas aliadas, sobretudo no PT. O escândalo do mensalão, no imaginário do eleitorado, segundo aliados, estaria concentrado nos partidos.