“Quem pensou que ele tomaria um chá de sumiço, enganou-se. O incansável Paulo Maluf promete voltar à política.”
O fragmento reproduzido acima, extraído de notícia publicada na revista “IstoÉ”, apresenta um problema de pontuação. É bom lembrar que a vírgula nunca deve separar o sujeito do predicado da oração, como ocorreu no texto.
É comum vermos esse uso inadequado da vírgula em frases iniciadas pelo pronome “quem”. Observe que, num período como “Quem viver verá”, “quem viver” é sujeito de “verá”. Daí a impropriedade de usar a vírgula nessa situação.
O mesmo ocorre no conhecido ditado popular “Quem tudo quer tudo perde”. O sujeito de “tudo perde” é “quem tudo quer”. A estrutura da frase selecionada hoje é semelhante à dessa.
Veja, abaixo, o texto corrigido:
Quem pensou que ele tomaria um chá de sumiço enganou-se. O incansável Paulo Maluf promete voltar à política.
Thaís Nicoleti de Camargo, autora dos livros “Redação Linha a Linha” (Publifolha), “Uso da Vírgula” (Manole) e “Manual Graciliano Ramos de Uso do Português” (Secom- Governo de Alagoas), apresenta o programa “Português Linha a Linha” na TV Pajuçara.