O comerciante José Cláudio Pagão, mais conhecido como “Nem Pagão”, tio do vereador Júnior Pagão e líder da família, conseguiu furar o cerco policial e sumiu de Rio Largo; agora, além do vereador, que está com prisão preventiva decretada desde o começo do mês passado, outro integrante da família Pagão é considerado como foragido da Justiça.
Dos 17 mandados de prisão expedidos pela Força Tarefa da Justiça, a polícia conseguiu cumprir 14 – faltam três: o vereador, o tio e o policial identificado como Gerson, apontado como fornecedor de armas e munições à quadrilha que assaltava, roubava, matava e seqüestrava – e que foi desbaratada pela “Operação Mata do Rolo”.
O Cabeça
José Cláudio, o “Nem Pagão”, é o “cabeça” da família Pagão; ele já chegou a cumprir pena de 8 anos de prisão no antigo Instituto Penal São Leonardo (hoje Presídio Rubens Quintella), condenado pelo assassinato do sargento PM Oliveira e da própria esposa, crime que em meados da década de 1990 revoltou os moradores do Eustáquio Gomes.
“Nem” Pagão também é acusado de ter matado dentro do presídio o próprio irmão por parte de pai, crime ocorrido em 1997; e responde ainda pela chacina dos irmãos Vitorino, de Murici. Ao todo, “Nem” Pagão é acusado de 30 homicídios praticados entre 1990 até 2000; apesar disso, até o começo do mês passado vivia tranqüilamente em Rio Largo – sumiu depois da “Operação Mata do Rolo”.
Na terça-feira de manhã, quando desencadeou a “Operação Mata do Rolo”, a polícia pensava surpreender o tio (“Nem) e o sobrinho (Júnior), mas eles conseguiram escapar mais uma vez. O delegado Marcílio Barrenco negou ter havido vazamento da operação policial e garantiu que a ação teve êxito, apesar de não Ter sido efetuada as 17 prisões.
A polícia conseguiu prender até agora 14 das 17 pessoas que tiveram as prisões preventivas decretadas. São elas:
1) Ricardo Schavuzzo, marido da prefeita de Rio Largo; 2) Luis Pedro da Silva; 3) Ernesto Cassiano dos Santos Filho; 4) Enivaldo da Silva; 5) o motorista Edson Amador da Silva Júnior; 6) Washington Luis da Silva Feitosa; 7) Carlos Jorge Cardoso da Silva, outro tio de Júnior Pagão; 8) Fernando Kleber Hortêncio da Costa; 9) o açougueiro José Ricardo Simeão Lins, que estava armado um com revólver; 10) Waldemir de Araújo Silva; 11) Marivaldo dos Santos Silva; 12) Aleksandro Berto de Pontes; 13) José Benedito Sebastião; 14) Givaldo da Conceição.