Uma reunião de caráter sigiloso, a portas fechadas, entre o governador em exercício, Luis Abílio, o diretor geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino e três representantes do Sindpol (Sindicato dos Policiais de Alagoas) está acontecendo desde às 13h, no Palácio Marechal Floriano Peixoto. Nem imprensa, nem cerimonial, nem mesmo a assessoria pôde participar da reunião que tem o objetivo de negociar as reivindicações da categoria, afim de findar a greve deflagrada, ontem, pelo Sindicato.
Do lado de fora do Palácio, muitos sindicalistas, barrados, questionavam o motivo de tanto sigilo, já que não é segredo para ninguém suas reivindicações, nem tampouco a dificuldade enfrentada, diariamente pela categoria, no exercício da profissão. “Não entendemos o motivo de tanto zelo pela informação, mas temos esperanças de que o governador atenda o apelo da categoria que está lutando por seus direitos”, afirma Arimatéia, diretor de comunicação do Sindpol.
Apesar do sigilo, os integrantes do Sindpol cogitam que a reunião foi marcada para explicar aos sindicalistas que a implantação do aumento estava previsto para o início deste mês. Embora a pauta de reivindicação seja extensa, alguns dos principais itens são o reajuste de 18%, alimentação, transporte, pagamento de horas extras e adicionais noturnos.
“ Temos motivos para a creditar que o governador manterá a proposta de 12% de reajuste, sem a contemplação das demais reivindicações. A categoria já recusou uma vez, não tem porque aceitar agora”, assegura Arimatéia.
