O julgamento da apelação movida pelo coronel Ubiratan Guimarães, que foi condenado pelo episódio que ficou conhecido como Massacre do Carandiru, foi adiado para a próxima quarta-feira. A Corte Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido da defesa, que alegou que apenas na última sexta-feira foi informada sobre o julgamento, e por isso não teve tempo para se preparar.
Guimarães vai ser julgado por uma Corte Especial porque tem foro privilegiado — ele é deputado estadual pelo PTB. Em 2001, foi julgado e condenado por um júri popular. Ele recebeu a pena de seis anos para cada um dos 111 detentos assassinados na invasão da Polícia Militar ao Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo e, agora, através da apelação, tenta reverter a condenação.
A defesa do coronel argumenta que ele cumpria ordens no momento do massacre, e que por esse motivo não deve ser responsabilizado pelas mortes. Os outros 119 policiais acusados pelo episódio ainda não foram a julgamento. Eles estão recorrendo na Justiça para não serem levados a júri popular.
