O Instituto do Meio Ambiente autuou a Usina Santa Clotilde – pertencente ao grupo Oiticica – por crime ambiental. Os representantes da Usina devem comparecer ao órgão em até 48 horas e a multa pode chegar a R$ 500 mil.
Uma equipe do IMA esteve no local para colher amostras do rio Pratagy e analisar o impacto ambiental sofrido pela região. “Disseram que a bomba pifou e transbordou vinhaça para o rio Pratagy, mas vamos aguardar o laudo do laboratório para poder aplicar a penalidade”, explicou o gerente de Controle Ambiental, Paulo Costa.
Pelos danos causados, a usina irá responder por crime ambiental, de acordo com a lei federal 9605/98.
O resultado das análises deve sair em cinco dias e, de acordo com Paulo Costa, na segunda-feira o setor deve se reunir para analisar o valor da penalidade, que pode ser de R$ 50 a R$ 500 mil, dependendo do impacto ambiental.
“Também vamos checar se a usina já foi penalizada por outras questões ambientais. Se for reincidente, o valor é maior”, disse.
Depois de receber a penalidade, a Usina Santa Clotilde terá 30 dias para se defender.
Poluição
Além da mortandade dos peixes do rio Pratagy, o vazamento de vinhaça – derivado do álcool – também provocou a paralisação das atividades do Sistema Pratagy, que é utilizado pela Companhia de Abastecimento de Água de Alagoas, Casal, para o abastecimento de vários bairros de Maceió.
O presidente da companhia, Jorge Briseno, recomendou que as pessoas que residem em áreas abastecidas pelo Pratagy fizessem um racionamento até o problema ser sanado. Devido ao problema, o abastecimento fica prejudicado nos bairros de Ponta Verde, Benedito Bentes, Pajuçara, Cruz das Almas, Jatiúca, Centro, Jacintinho e Feitosa.
