O juiz da 9ª Vara Criminal, José Braga Neto, ouvirá, nesta tarde, cerca de 20 testemunhas de defesa e acusação sobre o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, ocorrido no dia 28 de outubro do ano passado. Os depoimentos serão acompanhados pelo promotor Marcos Mousinho.
Essa fase do processo tem como objetivo delimitar as controvérsias nos depoimentos para deixar o processo em condições para o julgamento.
Caso as testemunhas não sejam todas ouvidas nesta tarde, os depoimentos serão remarcados para a próxima semana.
No dia 16 de janeiro, o juiz ouviu os indiciados no caso, que são o ex-diretor do Presídio Baldomero Cavalcante, Jair Macário, o ex-chefe da guarda do presídio Baldomero, José Jorge, e o detento Edson dos Santos, o Pé de Cobra.
Pé de Cobra
O depoimento mais esperado foi o do assassino-confesso do fazendeiro José Fernandes Neto. Edson dos Santos Tavares afirmou que o autor material do crime foi o então chefe da guarda do presídio, José Jorge, mas pela terceira vez entrou em contradição nos depoimentos.
“O Pé-de-Cobra está com três depoimentos diferentes. Ele contou uma versão quando estava no presídio, outra ao delegado e agora um nova para a Justiça”, afirmou o advogado de José Jorge, Júlio Cavalcante.
Neste último depoimento, Edson Tavares disse que cometeu o homicídio a mando de José Jorge, que lhe ofereceu a liberdade em troca da morte de Fidélis.
Quando questionado como aconteceu a negociação, Pé-de-Cobra disse que o único contato que teve com José Jorge foi pelo telefone no dia em que cometeu o crime. Ele ainda afirmou ter ingerido diversos comprimidos de Rufinol antes de receber o telefonema.