O “gato” ou agenciador de peões para o corte da cana, José Maria dos Santos, 55, desaparecido desde a quarta-feira, 8, pode ter sido assassinado, na avaliação da polícia, que já não trabalha com a hipótese de seqüestro levantada pela esposa dele, Maria José da Silva, 29.
Maria José contou à polícia que viajou para Branquinha, município a 65 quilômetros de Maceió, e desde a quarta-feira tentava falar com o marido pelo telefone celular, sem sucesso; ele não atendia, nem retornava as ligações.
Ao voltar para Maceió, Maria José disse que encontrou a casa onde moram, no Conjunto Jardim Saúde, no Tabuleiro do Martins, revirada, com marcas de sangue no sofá. Ela acredita que o marido tenha reagido e entrado em luta com os seqüestradores.
José Maria trabalha como “gato” para várias usinas de açúcar; como é responsável pelo pagamento do pessoal que contrata para trabalhar no corte da cana ele sempre está de posse de muito dinheiro. A esposa disse que, além de eletrodomésticos, os ladrões também levaram dinheiro e o carro Celta, placa MVH 7633, ano 2005.
Como até agora não foi feito nenhum contato para o pagamento do resgate, a polícia acredita que José Maria foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte. Outra hipótese é a que ele conhecia os agressores, considerando-se que a vizinhança não notou nada de estranho em sua casa na quarta-feira, quando teria desaparecido, de acordo com a versão da esposa.