Polícia confirma seis mortes em tiroteio entre traficantes no Rio

A Polícia Militar confirmou na manhã desta quinta-feira que seis pessoas morreram em conseqüência de um confronto entre traficantes na favela da Rocinha (zona sul do Rio). O tiroteio ocorreu na noite de ontem e deixou outras seis pessoas feridas.

Durante o confronto, Diego Araújo Lima, 14, foi baleado e morreu. Segundo parentes, não tinha envolvimento com tráfico. Outros cinco corpos foram encontrados em diferentes pontos, nesta quinta, mas ainda não foram identificados.

De acordo com a PM, foram apreendidas munição, uma granada, uma lanterna e uma camisa preta, supostamente usada pelos criminosos que invadiram a Rocinha.

O policiamento na Rocinha foi reforçado, e equipes buscas corpos de outras possíveis vítimas.

Confronto

O confronto começou no início da noite de quarta (15). Traficantes da facção CV (Comando Vermelho) se anteciparam a um plano do grupo rival ADA (Amigos dos Amigos) –que controla a Rocinha–, que pretendia invadir favelas da zona sul, e tentaram assumir a venda de drogas na favela.

O grupo que invadiu a Rocinha estaria em quatro vans. Os cerca de 40 criminosos usavam roupas pretas e seguiram para a favela por diferentes acessos. A situação permaneceu tensa durante a madrugada.

Ao menos oito suspeitos de envolvimento na invasão haviam sido detidos até o final da manhã desta quinta. Fuzis e um lança-rojão foram apreendidos.

Tráfico

Em nota divulgada à noite, o secretário estadual da Segurança Pública, Marcelo Itagiba, admitiu que as ações "são um reflexo de uma briga de quadrilhas pelos pontos de venda drogas na cidade".

Itagiba disse ainda que "é hora de dar um basta; ou a sociedade se une ao Estado nesse combate, ou o Brasil, em função da inexistência de uma política de segurança pública nacional, se tornará refém das drogas e poderá se tornar uma Colômbia".

Pânico

Moradores da Gávea se assustaram com os tiros. Pais que pegavam seus filhos na Escola Parque, no bairro, ficaram apavorados. Moradores da Rocinha que chegavam do trabalho não conseguiram entrar no morro. A parte alta da Rocinha e o Alto Gávea ficaram sem energia elétrica, pois os invasores atiraram contra os transformadores.

Ao fugir dos tiros, uma pessoa foi atropelada e uma mulher foi agredida a coronhadas pelos invasores.

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