Uma equipe técnica da Secretaria Executiva de Educação realiza nesta terça e quarta-feira visitas a quatro comunidades indígenas no interior de Alagoas. A iniciativa tem por objetivo é buscar soluções para viabilizar, por meio do governo do Estado, a oferta de escolas que atendam às especificidades culturais da comunidade.
Nesta terça a equipe estará em Pariconha, onde conversa com os povos Karuazú e I-Katokin, além de conferir o funcionamento da Escola Estadual José Carapina, pertencente à comunidade Geripancó, também localizada no município. Na quarta a visita será às comunidades Koiupanká, em Inhapi; e Kalancó, em Água Branca. A visita técnica é feita pelo coordenador de Educação, Neilton Nunes, e pelo gerente do Projeto de Educação Indígena, Gérson Farias.
Segundo Gérson, a proposta de discutir com essas comunidades partiu do fato de elas não possuírem unidades de ensino mantidas pelo Estado. "Infelizmente, elas ainda não possuem terras indígenas, pertencentes à União. E como o Estado não pode realizar construções em terrenos particulares, essa iniciativa foi dificultada", explica o gerente, ressaltando que, durante a reunião, serão debatidas propostas para viabilizar a abertura dessas escolas.
A prática de procurar as comunidades indígenas para definir em conjunto as diretrizes e as ações referentes às ações educacionais é, de acordo com Gérson, uma forma de respeitar as especificidades de cada povo e garantir que seus interesses sejam atendidos.
"É um direito deles, que já foi incorporado à nossa política", garante o gerente, citando como exemplo a finalização do projeto arquitetônico de duas escolas indígenas (localizadas em outras comunidades que não serão visitadas agora), as quais passaram pela aprovação dos povos antes de ser dado o aval para sua construção.
