Movimentos discutem organização do complexo Agrisa-Peixe

Diante das declarações do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Alagoas (Incra), Gino César, feitas hoje, durante entrevista coletiva em que apresentou o posicionamento do órgão com relação ao processo de desapropriação das terras do complexo Agrisa-Peixe, a diretora nacional do Movimento Sem Terra (MST), Débora Nunes, declarou que acredita na desapropriação, mas não sabe se isso deverá acontecer nos próximos dias, já que diversos acordos foram descumpridos antes.

Segundo Débora, é dever do Incra desenvolver o projeto como do complexo como um todo, mas deve ser conferida aos movimentos, a responsabilidade de pensar o projeto da Agrisa. “Somente quem está debaixo da lona preta e vive nos acampamentos sabe o que precisa e qual a melhor forma de desenvolver o projeto”, afirma.

Ela afirma que o MST também é contrário à idéia de utilizar as usinas nos assentamentos em forma de cooperativa, por que acreditam na agricultura familiar e na diversidade da cultura agrícola. “Somos contra a cultura da cana por que vai de encontro ao que o Movimento prega. Os agricultores precisam de terra e oportunidade para trabalhar”, diz.

O MST está programando para a primeira quinzena de Abril, um seminário que vai discutir o projeto do complexo Agrisa-Peixe e temas referentes ao impasse da agricultura familiar no Estado de Alagoas, com a participação de intelectuais, além da participação dos quatro movimentos sem terra do Estado.

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