O diretor geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, anunciou que a Polícia Civil de Alagoas vai “declarar guerra à pirataria em Alagoas”. Ontem, a equipe da Delegacia de Defraudações, sob o comando do delegado Nilson Alcântara, conseguiu estourar uma fábrica clandestina de Cds e DVD piratas que funcionava no bairro do Farol, na residência de Valter Estevão Luz, 49, o Valter Mamão. O proprietário da casa assume ser o fabricante e comerciante do material.
Valter Estevão Luz foi preso e vai responder inquérito. Segundo Davino, esta operação faz parte de uma defesa conjunta dos Direitos Autorais, que acontece em todo país de forma conjunta. “É preciso lutar para defender o trabalho dos compositores, para que este povo não roube aquilo que é dos outros. Isto é roubo. A Polícia Civil não vai mais atrás de peixe pequeno. Nossa luta é coibir as fábricas”.
Valter Estevão fabricava os Cds e os revendia na Feira do Passarinho, no bairro da Levada. De acordo com Estevão eram fabricados 500 Cds por dia, o que dava um lucro de R$ 3 a 4 mil mensais. Estevão avaliou o material apreendido pela Polícia Civil em U$ 2.000. “Sei que estou fazendo coisa errada, mas o mercado está tomado pela pirataria. Eu tenho uma loja de CDs originais, mas se eu não pirateasse, eu falia”, comentou o suspeito.
Estevão alegou ainda que a Polícia Civil o prendeu “como bonde expiatório”. “Eles sabem quem eu sou porque eu sou dono de casa de show (Casa Cosmo), no bairro do Vergel. Se eles forem prender todos os piratas de Alagoas não vai ter cadeira para tanta gente. Eu conheço um monte, mas não vou dizer o nome de ninguém. Eu só vou responde por mim”, colocou.
De acordo com o acusado, a família dele era sustentada com a venda dos Cds piratas, apesar de ter outras duas fontes de renda: a danceteria e uma loja no Tabuleiro do Martins. Estevão foi preso em casa. Todo o material apreendido ficará a disposição da Justiça.
O diretor da Polícia Civil disse que a luta contra a pirataria não para por aí. “A Polícia Civil está trabalhando em cima de informações e a medida que fomos achando as fábricas clandestinas, nós vamos prendendo e apreendendo material”, finalizou.