Depois de participar da re-inauguração do Teatro Deodoro, em novembro do ano passado, João Bosco está de volta à capital alagoana. Para o show solo desta quinta-feira, o cantor já anunciou que o repertório é “bem generoso”, porque os pedidos dos fãs serão atendidos.
“Quando alguém pede uma canção, você atende e isso leva a outra música. O show tem o nome do disco mais recente, Malabaristas do Sinal Vermelho, mas vou tocar músicas antigas e novas”, revelou o cantor.
Hospedado no Hotel Meliá, João Bosco, com simplicidade, lembrou da participação no Projeto Pixinguinha, como recordação mais forte de Maceió, ainda na década de 70. “Estive com a cantora Marlene por todo o nordeste, é inesquecível porque ela faz parte da cultura do rádio brasileiro”, disse saudosista, referindo-se à época de competição entre Marlene e Emilinha Borba.
O show será no Centro de Convenções, no bairro do Jaraguá, às 20h, com abertura de Elaine Kundera. E os ingressos estão sendo vendidos a R$ 14 e R$ 7, mais informações pelo número 3338-3838.
Carreira
Neste ano, João Bosco completa 60 anos e, com 33 anos de carreira, gravou seu primeiro DVD. A gravação foi em fevereiro, no Auditório Ibirapuera, São Paulo. “É a linguagem do momento. Várias gravadoras queriam lançar materiais meus antigos, mas eu não me interessei porque, como não havia gravado nenhum, queria gravar com a finalidade de fazer o DVD”, explicou.
E o primeiro DVD de Bosco levou dois dias para ser gravado e tem participações especiais de Djavan, Guinga e Yamandu Costa. “Deve ser lançado em maio, com músicas novas, que a gente pretende viajar por todo o Brasil para divulgar”, adiantou.
O material, com making off e depoimentos de amigos, será lançado pela gravadora Universal, com o selo MPB, músicas desde o princípio da carreira e arranjos novos. E para quem gosta das inéditas de João Bosco, em julho o cantor tem o projeto de lançar um CD com músicas novas.
“Você nunca sabe direito quando deflagra uma idéia musical. Pose ser de uma paisagem ou de uma palavra, como a do livro Vila Real, que tinha a palavra rosicler, que quer dizer aquele momento especial, quando o céu está róseo e chumbo claro. Daí nasceu uma música”, relatou.
Entre suas preferências na hora de fazer as músicas, o cantor lembrou da indústria fonográfica atual, que é bastante centrada na comercialização, mas disse que faz parte desse meio e que gosta de visitar o repertório para fazer novos arranjos, gravar músicas novas e ainda fazer arranjos em músicas de outros cantores.
“Tem muita gente que vem fazendo música, interpretando música, rearranjando música que já existe e fazendo um trabalho bom”, afirmou, citando Ana Carolina, Seu Jorge, Lenine e Zeca Balero.