A Promotoria Coletiva Especializada de Defesa do Consumidor realizou nesta tarde, no Ministério Público, uma reunião para apurar denúncias formuladas pelos representantes da comunidade do Alto da Boa Vista quanto à falta de abastecimento de água pela Companhia de Abastecimento e Saneamento de Água de Alagoas (Casal) para cerca de 900 famílias, que habitam no loteamento.
Os promotores de Justiça José Arthur Melo, Denise Guimarães e Max Martins ouviram os representantes da comunidade do Alto da Boa Vista, advogado da Casal, diretor de operações da Casal, além do representante da Superintendência Municipal de Convívio e Urbano (SMCCU).
Segundo o presidente da associação dos moradores, José Fernandes de Souza, a principal reivindicação é a inexistência de água tratada no local, o que acarretou no surgimento de quatro poços clandestinos. “A água é fornecida por algumas pessoas de comunidades vizinhas de forma irregular, através de bombas diretas.“Pagamos aos “donos” dos poços, entre R$ 10 e R$ 15 e muitas vezes a água não chega as residências” afirma.
Com a reunião ficou decidido que a Casal colocará o sistema de abastecimento de água encanada, caso os poços clandestinos sejam fechados. “Não seria justo, a Casal fornecer água de qualidade a esta comunidade e os “proprietários” dos poços continuarem a abastecer o Alto da Boa Vista de forma irregular”, afirma o advogado da Casal, Telmo Barros Calheiros.
Os promotores propuseram outra reunião entre os envolvidos no caso, incluído os possíveis donos dos poços.