A Polícia Civil de Alagoas prendeu – agora há pouco – o último envolvido no caso do empreiteiro José Maria dos Santos, 55, conhecido como Araújo. O fotografo José Carlos já se encontra detido na Delegacia de Roubos e Furtos da Capital, no bairro do Barro Duro.
José Carlos estava sendo procurado pela Polícia Civil há cerca de 15 dias, desde que o delegado Carlos Alberto Reis desvendou o caso e prendeu três militares, dois civis e a esposa do empreiteiro, acusada de arquitetar o crime e contratar os PMs para a execução. A esposa do empreiteiro Maria José se encontra presa, assim como os demais envolvidos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social, o suspeito se entregou espontaneamente na delegacia e confessou ter participado do crime. Ele será ouvido pelo delegado Carlos Alberto Reis, que deve concluir inquérito em breve e encaminhar a Justiça.
Militares
Os três PMs acusados de participar do crime estão presos no Quartel Geral da Polícia Militar. A Polícia Civil investiga os soldados Correia, Jairo e Da Rita para saber se eles integram algum grupo de extermínio. Os outros dois envolvidos são Luiz de Aquino e Marcelo Santos Correia.
O empreiteiro foi morto a mando da mulher. Ela deu sonífero para o marido e viajou para o interior de Alagoas, enquanto os militares e os dois civis o seqüestravam. Araújo foi morto por asfixia com fios de telefone. A esposa da vítima prometeu pagar R$ 35 mil pelo crime. Dinheiro que segundo ela, estava no Celta preto – pertencente ao empreiteiro – e que foi usado no crime.
O carro foi vendido por Luiz Aquino e Marcelo Santos Correia no Ferro Velho do Maciel, em Maceió, por R$ 500. O dono do estabelecimento se encontra preso por receptação de carro roubado. Um dos militares confessou toda a história por não ter recebido o dinheiro combinado. Segundo ele, não havia dinheiro nenhum no carro.
No dia em que foi morto, o empreiteiro estava com R$ 80 mil, em cheque e espécie. Parte do dinheiro sumiu. Alguns cheques foram recuperados. Eles estavam em poder da mulher. O delegado Carlos Alberto Reis concluiu que além de matar o marido, a mulher quis dar um golpe nos executores, não pagando pelo serviço.
O caso começou a ser desvendado no dia 17 deste mês, quando Reis ouviu os militares e logo em seguida prendeu a esposa do empreiteiro, que confessou o crime e levou o delegado ao local onde a quadrilha havia jogado o corpo.