O delegado de Rio Largo, Marcílio Barenco, encaminhou hoje no final da tarde ao Tribunal de Justiça o pedido de prisão preventiva da prefeita do município, Vânia Paiva, e do marido dela, Ricardo Schavuzi, acusados de mandarem atear fogo na Secretaria de Finanças da Prefeitura. O incêndio criminoso ocorreu no dia 4 de outubro de 2004, um dia após a eleição de Vânia, que era vice-prefeita na gestão anterior.
No arrazoado de quinze páginas onde justifica o pedido de prisão preventiva, o delegado anexou provas da escuta telefônica com conversas entre a prefeita, o marido dela e os dois acusados como autores materiais do incêndio, o vereador Jorge Cardoso (Júnior Pagão), foragido, e Valmir Araújo, o “Dema”, preso na “Operação Mata do Rolo”, realizada em janeiro passado. O delegado disse que não tinha dúvida do envolvimento dos quatro no sinistro criminoso.
O pedido de prisão preventiva da prefeita e do marido somente será apreciado na semana que vem, de acordo com informações obtidas pelo Alagoas24horas junto à assessoria do TJ. A motivação do incêndio criminoso seria a tentativa de destruir provas de irregularidades praticadas na Prefeitura de Rio Largo durante o período em que Vânia, na condição de vice-prefeita, assumiu a titularidade do cargo diante dos seguidos afastamentos da prefeita Maria Eliza.