Governador entrega cargo e lança candidatura
O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT) entregou – na tarde de hoje –sua carta de renúncia a mesa diretora da Assembléia Legislativa do Estado. “Já deixei de ser governador, amanhã só oficializo e passo o cargo ao Luis Abílio (PDT)”. Lessa disse ainda que seu destino já estava traçado: “vou para o Senado Federal, pelo menos é o que eu espero. Só mudo se o partido decidir indicar meu nome para a presidência”, colocou.
Para o secretário nacional do PDT, Manoel Dias, este, deve mesmo ser o destino de Lessa. “Sabemos dos planos de Ronaldo Lessa por Alagoas e queremos o melhor para este Estado que foi tão importante para o nosso partido. Isto será avaliado nas nossas discussões para o lançamento de candidatura própria”, comentou Dias.
Ronaldo se mostrou satisfeito como comentário do correligionário, mas diz que ainda faltam decisões em torno da verticalização. Para ele a candidatura própria do PDT é legítima, mas o partido ainda avalia as possíveis conjunturas políticas. “Há possibilidade de um diálogo com o PSol, PMN e outros partidos com quem temos uma afinidade ideológica forte”, comentou o governador.
Segundo Lessa, ele só continua com o nome da lista dos possíveis candidatos à presidência pelo PDT, por uma questão “de fidelidade partidária”. Quanto aos planos de construção da aliança branca em Alagoas, Lessa foi enfático: “Sei que o PT e o PCdoB não apoiarão o Téo Vilela. Ainda não sei a postura do Partido Verde. Acho que isto não atrapalha os nossos planos, mesmo que o PDT não apóie nacionalmente o PSDB, acho que não há problemas na nossa chapa”.
O PFL
Quando indagado sobre a possível aliança PSDB e PFL, o que uniria o atual rival e deputado federal Thomas Nôno (PFL) ao palanque de Teotônio Viela, Lessa diz que “não há problemas em subir no mesmo palanque de Nonô. Pelo bem de Alagoas, eu discurso ao lado de qualquer pessoa. Acho que a verticalização atrapalharia os planos do Nonô e não os meus”. Atualmente Nonô é cogitado pela chapa encabeçada pelo deputado federal João Lyra, para sair como candidato ao Senado Federal, indo – desta forma – de encontro aos planos de Ronaldo Lessa.
Com qual presidente?
Lessa falou sobre apoio aos candidatos à presidência da República. “Recentemente estive reunido com o presidente Lula. Ele pediu que eu fosse o interlocutor entre o PDT e o PT para uma possível aliança. Lula quer que o PDT não lance candidato próprio. Eu falei que se ele convocasse a reunião eu iria, mas que não faria o papel por ele pedido, quanto ao candidato do PSDB, algumas correligionários meus prefeririam o Serra. Inclusive eu afirmei isto, mas não é nada pessoal contra o Alckmin. Há a possibilidade também de lançarmos candidato próprio”.
Lessa admite também que – caso o PDT lance um nome à presidência – isto pode atrapalhar os planos da aliança branca, mas “que ainda era preciso estudar direito as regras da verticalização, antes de se precipitar. Creio que nada desmanchará a aliança branca que estamos formando. É um processo legítimo e natural”, finalizou o governador.
