PRT fiscaliza tráfico de mão-de-obra

Uma fiscalização conjunta entre representantes da Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) e auditores fiscais do Trabalho de Alagoas foi realizada na manhã de hoje, em Murici, cidade localizada a 54 quilômetros de Maceió, para conferir se estaria havendo o tráfico de mão-de-obra de trabalhadores rurais de Alagoas para o estado do Espírito Santo, na região Sudeste do país.

Durante a fiscalização, os procuradores constataram a migração de 515 homens para trabalhar na Usina Linhares Agroindustrial, localizada na cidade de Linhares, no Espírito Santo.

O contratante dos trabalhadores, identificado como Rosalvo de Aragão Santos, residia em Murici há cerca de dois meses, arregimentando os trabalhadores que foram levados, na manhã de hoje, para o Espírito Santo.

O procurador do Trabalho em Alagoas, Cássio de Araújo Silva, informou que o órgão foi acionado após denúncia, entretanto, hoje não foram constatadas irregularidades no transporte dos trabalhadores, que apresentaram as carteiras profissionais assinadas, além de alojamento em Linhares.

Para garantir que os trabalhadores não sofrerão maus-tratos, o procurador de Alagoas enviará a lista com os nomes e respectivos números da CTPS dos trabalhadores alagoanos para a Procuradoria Regional do Trabalho do Espírito Santos para que seja feito o acompanhamento da estada dos trabalhadores naquele estado.

Dos 515 trabalhadores que viajaram hoje, 255 são moradores de Murici e os demais residem em Ibateguara e Quipapá, cidade do interior pernambucano, e seguiram para Linhares num comboio composto por 11 ônibus.

Mal entendido

Os trabalhadores, além de serem submetidos à fiscalização, passaram por um mal-entendido antes de iniciar a viagem.

Na madrugada de ontem, um preso, cujo nome não foi revelado, fugiu da delegacia de Murici. O delegado titular, Dr. Élvio Brasil, acionou a Polícia Rodoviária Federal e demais postos policiais para tentarem a recaptura do preso.

Após o alarme, os ônibus que levavam os trabalhadores foram parados e vistoriados para checar se o foragido não estaria entre os ocupantes.

Até o momento, o preso não foi recapturado.

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