Familiares e amigos do ascensorista Valdomiro dos Santos, 30, fizeram, nesta tarde, um protesto para cobrar Justiça na apuração do assassinato. A entrada do Benedito Bentes foi bloqueada com pneus e galhos queimados e foi necessária a presença do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar para desbloquear a pista.
De acordo com o Comando de Operações da PM, o protesto terminou sem pessoas feridas ou detidas. “Uma equipe do 5º Batalhão também esteve lá e tudo foi normalizado”, disse o capitão Itamar.
No fim do protesto, uma equipe do Corpo de Bombeiros apagou o fogo dos pneus e a pista foi desbloqueada.
Assassinato
De acordo com a PM, o crime ocorreu quando a viatura comandada pelo cabo Martins abordou o veículo conduzido por Valdomiro dos Santos, um Escort dourado, placa MUH 2599-AL. Foi solicitado a Valdomiro que apresentasse os documentos e ele teria ficado irritado com o procedimento. A partir daí, os policiais afirmam que teria havido luta corporal, com disparos acidentais.
Depois do crime, o soldado Agostinho – Genival Agostinho da Silva – foi preso e responderá a um inquérito feito pela Corregedoria da Polícia Militar, que também investigará a participação de outros policiais, o cabo Martins e o soldado J. Sérgio, no crime.
Para a família, a ação da polícia foi outra. “Como a viatura da PM estava atrás do nosso carro, eles buzinaram pedindo passagem, como não saímos do lugar, um Policial Militar desceu do carro e começou a agredir verbalmente o meu marido, que reagiu dizendo que ele não era bandido: ‘sou um cidadão de bem’ ”, contou Rosilda Maria da Silva, mulher do ascensorista.
Ela disse ainda que os policiais levaram o irmão da vítima, Amaro dos Santos, sem nenhuma justificativa e que ele ficou detido até a manhã de ontem, quando soube da morte de Valdemir.