Pela absolvição de Judas no tribunal dos hipócritas

Precisava mesmo alguém achar um papel velho com sei lá o quê escrito para absolver Judas? Paciência! É óbvio que o apóstolo odiado foi o mais importante dos 12 seguidores de Cristo. Judas não foi o José Dirceu de Cristo. Foi o nome sacrificado para a construção do cristianismo católico e de algumas de suas vertentes. Quem crer na Bíblia, sabe muito bem que Cristo sabia que iria morrer. Alguém precisava entregá-lo, para construir o mártir político, sociológico, filosófico, histórico e religioso, que dividiu o mundo em dois.

Judas fez este papel. Aceitou o fim que lhe cabia. Seria amaldiçoado por gerações. Nunca reconhecido, para que só então Jesus ressuscitasse e – supostamente – lavasse nossos pecados. Há lobos em pele de cordeiro, parafraseando os preceitos bíblicos. Pois bem, Judas foi um cordeiro em pele de lobo. A escada para a história já prescrita para aqueles que acreditam que não cai uma folha sem a autorização do Deus monoteísta.

Se Judas fosse o único equivoco católico, seria bom demais. Alguns vão dizer, mas não foi Judas que escreveu o evangelho recém achado. Por acaso foram os apóstolos que escreveram os outros? Fica um questionamento: O que diferencia os evangelhos apócrifos dos que compõe a Bíblia católica são apenas os interesses políticos da Idade Média? O catolicismo é a unificação de Constantino para o cristianismo que ameaçava o Império Romano? Cristo é cristão de fato? Ora, Cristo nasceu dentro do contexto Judeu e historicamente – como coloca Harold Bloom, em seu belíssimo livro Jesus e Javé – Cristo nunca se esquivou da lei da Velha Aliança, por tanto o cristianismo soa como a deturpação do judaísmo antigo.

Seguir a Cristo, para muitas religiões difere de ser cristão. Exemplo: Vamos malhar Judas. Atirem pedras em Judas aquele que não tiver pecado. Pois bem, nós atiramos. Matar Judas todos os anos. Repetir Caifás ou os sofistas. Quando colocarem os piores males de nossos tempos ao lado de Judas e alguém – que assumir o lugar de Pilatos – perguntar: os males do mundo ou Judas. Gritemos: “Queremos malhar o Judas! Judas! Judas!”.

Esqueçamos a posição da Igreja em relação ao imperialismo italiano e alemão. Esqueçamos as mentiras seculares, as bruxas queimadas…enfim. Esqueçamos o significado da palavra perdão dentro dos contextos supostamente colocados como as palavras de Cristo. Malhemos Judas. Cristo nos salvou. Agora, chegou a hora. Vamos malhar Judas. Somos os fariseus diante de tantas Marias Madalenas.

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