Uma das razões para que Antônio José dos Santos, o Toinho da Barra, não fosse julgado nesta tarde foi um atestado médico, vindo do Hospital São José, em Aracaju. Para que fosse confirmado a ausência do réu, o juiz Alberto Jorge Correia, da 8ª Vara Criminal, determinou que uma junta médica avalie o estado de saúde dele.
Toinho da Barra já teve a prisão decretada, mas conseguiu habeas corpus e está solto há cerca de oito meses, residindo em Aracaju, onde “tem bons relacionamentos com o governador do Estado”, como disse o advogado de acusação, Welton Roberto.
De acordo com o advogado de defesa, Júlio César Cavalcante, o réu foi internado há dois dias, com crise hipertensiva crônica e taxa de diabetes alta. “Ele é acusado por esse homicídio, que também tem outros dois acusados que estão foragidos”, disse o advogado.
Entre outros crimes, Toinho já foi acusado de participar da chacina de São José da Tapera, ocorrida em janeiro de 1984, mas foi inocentado em júri popular.
Depois de anunciar que a junta médica avaliará Toinho, o juiz Alberto Correia determinou que ele fosse preso imediatamente, em defesa da manutenção da ordem pública e pela repercussão do caso.
Crime de Pão de Açúcar
O crime ocorreu em um bar do município de Pão de Açúcar, em 23 de fevereiro de 2002. O outro acusado que não está foragido e iria a julgamento hoje é Joelso Rodrigues de Oliveira, 25, mas o julgamento não aconteceu porque seu advogado, Raimundo Palmeira, foi constituído hoje e não pôde ler os autos do processo.
Os outros dois acusados, que estão foragidos, são o tio de Toninho, conhecido como Pedro e seu primo, Alexandre Matos. Eles teriam fechado as portas do bar e matado o comerciante Luís Antônio Monteiro Torres a pauladas.
Com o adiamento, os dois que iriam ser julgados hoje irão ao 2º Tribunal do Júri no dia 22 de maio. O promotor do caso é Alfredo Gaspar de Mendonça.