O secretário coordenador de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti, participou nesta quinta-feira, de uma reunião da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). Na ocasião, foi anunciado o início das obras de recuperação da malha ferroviária alagoana, pela Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN).
De acordo com o diretor da empresa, Jorge Luiz de Mello, a obra já tem datas de início, entrada em operação e conclusão. A reforma terá início no dia 26 de maio, com prazo de conclusão de 20 meses. Porém, em 16 meses, ou seja, em outubro de 2007, o trecho já pode entrar em operação. Mello apresentou o projeto ferroviário da empresa para o Nordeste, além de mostrar o trecho a ser recuperado.
Segundo ele, as obras de recuperação serão feitas em três lotes: dois deles em Alagoas e outro em Pernambuco. O trecho recuperado liga Recife a Propiá (SE), cortando toda a Zona da Mata de Alagoas, num total de 600 km de malha danificada. O trecho da ferrovia está desativado desde 2000, quando fortes chuvas inviabilizaram o tráfego de trens. Desde lá, vários produtos deixaram de mandar mercadorias para o Porto de Maceió, por meio de trens, a exemplo do setor sucroalcooleiro, de cimento e pedras. Com isso, eles tiveram o custo do transporte elevado, o que diminuiu a competitividade por causa do aumento no preço do produto final.
O secretário Arnóbio Cavalcanti comemorou a informação repassada pela Companhia Ferroviária do Nordeste. Para ele, a ferrovia vem a impulsionar o Estado dentro de todo o seu potencial logístico. “A posição geográfica de Alagoas é um diferencial nesse sentido. A ferrovia recuperada se torna mais um diferencial para que o Estado tenha nesse vetor um foco de desenvolvimento”.
Para o secretário da Indústria e Comércio, Alberto Cabús, a reforma da malha trará benefícios, como a diminuição de custos no transporte de produtos, ajudando setores a aumentar a competitividade. “É preciso pensar Alagoas nesse novo modelo ferroviário nordestino, e não só na reforma da nossa malha. Assim, poderemos maximizar a utilização desse tipo de transporte e diminuir os custos do setor produtivo”, afirma.
Investimento – O investimento na obra de recuperação de todo o trecho será de R$ 111 milhões, e as reformas nos três lotes terão início simultâneo, assim como as obras da Transnordestina, que será interligada à malha ferroviária de Alagoas no município do Cabo de Santo Agostinho (PE). A Transnordestina só deverá estar concluída em 2010.