O Banco do Nordeste contratou a primeira operação para financiamento da estrutiocultura (criação de avestruz) em Alagoas. Os recursos serão aplicados na aquisição de 40 animais em uma propriedade de Arapiraca. “O financiamento foi feito no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), e está prevista uma produção média de 20 filhotes por ano”, informa a gerente do BNB de Arapiraca, Edna Viana.
A gerente esclarece que o BNB integra uma parceria com o Governo do Estado e com a Multiaves (empresa que fornece os animais), o que garante o bom andamento do projeto, de forma estruturada. “O Governo ficou responsável, dentre outras atribuições, por prestar assistência técnica e gerencial aos produtores, bem como a elaborar os projetos que serão financiados pelo BNB; a Multiaves se comprometeu em fornecer os reprodutores e matrizes para criação, na assistência aos criadores, desde a montagem das instalações até o encaminhamento dos animais para o abate, além de garantir a compra das avestruzes produzidas pelos criadores, com idade máxima de 12 meses; já o BNB financia os projetos para custeio ou investimento, implantação, expansão ou modernização das instalações necessárias”, afirma Edna Viana.
Segundo a gestora do BNB, a área de Arapiraca está propícia para o criatório, com condições climáticas semelhante ao habitat natural daquelas aves (continente africano). Sobre o aproveitamento da produção, Edna destaca que da avestruz se aproveita quase tudo. “A carne (vermelha), plumas, couro e óleo, que é utilizado em cosméticos. O couro da ave é o 2º mais caro do mundo, e o Brasil é o maior importador de plumas de avestruz do planeta, por conta do Carnaval”, disse.
Para Edna, “a expansão da oferta de carne de avestruz, terá como efeito imediato a queda dos preços de outras carnes cobrados atualmente no mercado, principalmente quando o consumidor final souber dos benefícios na saúde das pessoas, em relação ao consumo de outros animais”.