PT deixa o governo para construir candidatura alternativa

Agora é definitivo. O Partido dos Trabalhadores depois de uma longa caminhada junto a base governista – que apóia a candidatura de Teotônio Vilela (PSDB) ao Governo de Alagoas – sai do governo. Conforme o deputado estadual Paulo Fernando dos Santos (PT), o Paulão, todos os cargos foram colocados à disposição do governador de Alagoas, Luis Abílio (PDT), em uma reunião a portas fechadas na vice-governadoria.

Para o deputado estadual o PT saiu pela mesma porta que entrou: “a da frente”. “Saímos com a sensação de dever cumprido. Ajudamos no projeto que resgatou Alagoas e na Assembléia Legislativa vou continuar votando pelo bem do Estado, independente de onde venham os projetos a serem analisados”. Paulão declarou que o PT sai da base governista por conta da aliança entre o PDT e o PSDB, ao optarem pelo apoio ao senador tucano.

A decisão do PT não é novidade. Tanto que o partido vinha sendo cobrado pelos filiados por conta da demora em sair do governo. Um outro partido da terceira – o PCdoB – já tinha deixado suas pastas anteriormente, chegando até a perder o filiado Paulo Poeta que optou por seguir marchando com o governo. PCdoB saiu da base da situação para tentar compor com o PV e o PT, a candidatura denominada como “terceira-via”.

Os principais nomes alternativos ao combate polarizado entre os usineiros Teotônio Vilela e João Lyra (PTB) é o da sindicalista Lenilda Lima (PT) e do ex-secretário de Cultura, Eduardo Bonfim (PCdoB). Em entrevista a imprensa Paulão lamentou a decisão do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) pelo apoio aos tucanos. “Ele virou refém de um projeto político”, analisou Paulão em entrevistas passadas à imprensa.

O governador Luis Abílio lamentou a saída do PT do governo do Estado. “É uma pena porque sempre fomos parceiros, mas neste momento compreendo que o PT e a base governista estão em projetos diferentes”. Abílio revelou que ainda não tem nomes para compor as pastas deixadas pelos petistas. Saíram do governo a secretária do Trabalho, Nadia Rodrigues; o presidente da Fapeal, Cristiano Montenegro e o secretário de Direitos Humanos, Reginaldo Lira. A resolução deve ser publicada no Diário Oficial, esta semana.

“Nós saímos de forma ética. Na carta que entregamos, mostramos claramente os pontos de vista do partido que é de uma gestão democrática participativa e relatamos todo o histórico do PT. Desde o início, nas reuniões realizadas, colocávamos que uma possível coligação com Teotônio Vilela podia significar a nossa saída. Fomos coerentes e deixamos o governo de forma limpa, honesta e clara. O governador compreendeu e até lamentou, mas agora vamos trabalhar pela terceira via”, falou Paulão.

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