O sistema que conseguiu a primeira colocação do mundo em inteligência artificial trabalhará para combater a criminalidade em Alagoas. No fim desta tarde, o governador, Luis Abílio, e a cúpula de Segurança Pública conheceram o software, que teve a autorização do governador para atuar no Estado.
Os técnicos da empresa WBSA (Sistemas Inteligentes S.A.), de Santa Catarina, estiveram no Palácio República dos Palmares, onde apresentaram o software de Inteligência Digital, denominado IDSeg, para o combate à criminalidade.
O presidente do Conselho Científico da WBSA, Hugo César Hoeschl, explicou que o IDSeg já é utilizado pela Presidência da República e é considerado um instrumento fundamental para o combate ao crime. “O crime organizado tem toda uma estrutura de funcionamento. Usando essa tecnologia, que é nacional, é possível fazer o mapeamento de uma rede social”, explica Hoeschl, que acumula experiências na área de segurança como delegado de polícia, procurador federal e promotor público.
Hoeschl explicou que os boletins de ocorrências das delegacias é uma das fontes de alimentação da base de dados da Inteligência Artificial. “Alagoas já possui condições de fazer a aplicação desse sistema, porque os boletins de ocorrências já são informatizados”.
Cruzando dados presentes em fontes dispersas, o IDSeg possibilita a descoberta de informações que podem auxiliar no combate à criminalidade com eficácia e agilidade. O sistema ainda conta com hierarquia no acesso às informações, para que gestores da área de segurança possam definir qual o nível de acesso a essas informações pelos integrantes da polícia. No último Congresso Mundial de Tecnologia para a Área de Segurança, em 2003, na Escócia, o IDSeg ficou em primeiro lugar em inteligência artificial.
Violência
Depois dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo, os estados brasileiros intensificaram o combate, principalmente, ao crime organizado. Em Alagoas, o alerta foi maior, já que, na onda de ataques, integrantes do PCC citaram Alagoas como um dos locais onde o grupo deveria fazer uma onda nova de rebeliões, como aconteceu nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná e Pernambuco.
A preocupação que a onda de ataques atingisse outros estados, como Alagoas, foi revelada pelo comandante-geral da PM de São Paulo, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges.
De acordo com o coronel Borges, interceptações telefônicas realizadas em unidades prisionais do Estado desde sexta-feira, quando começaram os ataques, revelaram que os criminosos pretendiam estender a série de rebeliões a unidades do Rio, de Minas e de Alagoas.
Com informações da Agência Alagoas