O secretário de Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos negou que a explosão na sede do Tático Integrado Grupo de Resgate (Tigre) – ocorrida na manhã de ontem – tenha ligação com algum atentado terrorista, ação externa ao grupamento ou até mesmo que haja suspeita de participação do Primeiro Comando da Capital (PCC), que comanda os ataques à polícia paulista.
Ronaldo dos Santos reafirmou a versão oficial da Polícia Civil de que o acidente teria sido causado por um celular, que explodiu provocando uma reação em cadeia, já que o aparelho estava sendo carregado na ante-sala do almoxarifado onde se encontravam os explosivos.
“Não creio na possibilidade de ataque do PCC que foi divulgada. Não há elementos concretos que liguem pessoas do sistema a estes criminosos. Nem há presos que pertença a ramificações da facção. Outra questão levada em conta é que a sala onde houve a explosão não era de acesso livre. Só o chefe do Tigre possui a chave”.
O secretário colocou ainda que há câmeras no prédio que comprovarão a versão de acidente. “Foi uma fatalidade e não uma ação terrorista”, colocou Ronaldo dos Santos, que afastou a hipótese da explosão ter sido criminosa, seja pelas mãos do PCC ou de outro grupo.
Conforme o secretário, por conta do incidente a sede do grupamento ficou comprometida e por esta questão, o Tático Integrado não mais funcionará próximo a Delegacia de Plantão I, na Avenida Fernandes Lima. “Nós vamos mudar o Tigre de local. Não há outra alternativa. Existe a possibilidade de instalá-lo em um prédio na Ladeira dos Martírios. Começamos a trabalhar o local e a transferência pode ocorrer até hoje à tarde. Quando ao prédio antigo, toda a estrutura foi comprometida com a explosão”, finalizou o coronel.