O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, confirmou hoje a suspensão dos serviços de telefonia móvel próximo aos presídios de Avaré, Presidente Wenceslau, Iaras, Araraquara, São Vicente e Franco da Rocha, em São Paulo. As empresas de telefonia celular terão que desligar as antenas próximas aos presídios.
Serão bloqueadas as chamadas e recebimentos de ligações originadas ou destinadas aos aparelhos de celulares que estiverem próximos dessas penitenciárias. Entretanto, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e as operadoras de celular não garantem que impedirão totalmente as transmissões.
A medida tem prazo mínimo de 20 dias, que pode ser prorrogado até que se encontre uma solução definitiva para o problema.
População
O superintendente de radiofrequência da agência, Edilson Ribeiro dos Santos, disse que o bloqueio emergencial do sinal de celulares em regiões de presídios em São Paulo pode prejudicar o funcionamento dos aparelhos de pessoas que moram nas redondezas.
"A determinação não é para a instalação de bloqueadores nas penitenciárias. A determinação é para que o sinal não chegue lá. As dificuldades com certeza vão aparecer porque, na medida em que se bloqueia as antenas, prejudica a qualidade ou, em algumas áreas, o sinal não chega", disse.
O superintendente afirmou que o bloqueio do sinal é um deserviço à sociedade. "As operadoras têm normas para explorar um serviço. O bloqueio é um deserviço, no entanto, levando em conta a questão de segurança da sociedade, as operadoras devem colaborar", disse.
Edilson também afirmou que o prejuízo na prestação do serviço para moradores áreas próximas à presídios deve resultar em pagamentos de ressarcimento à população.