“A raiva não perdoa, mata”. Este ditado, utilizado pelos profissionais de saúde que lidam com as zoonoses (doenças e infecções que se transmitem entre os animais vertebrados e os homens), mostra bem o grau de gravidade deste mal. Uma vez instalada no corpo, do animal ou do ser humano, o prognóstico é fatal, em todos os casos, e representa um sério problema de saúde pública.
É para combater esta doença que a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió realiza, no dia 27 de maio, sob a responsabilidade do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a I Campanha de Vacinação Anti-Rábica Canina e Felina.
“Por seu caráter incurável, é imprescindível a realização da vacinação em gatos e cachorros. A raiva deve ser constantemente combatida e a anti-rábica é o único meio de prevenção a este mal”, alerta a coordenadora geral do CCZ, Tânia Cabral.
Ainda segundo a coordenadora, a meta para a campanha, este ano, é vacinar 92.246 cães e 46.123 gatos. “Esta é apenas a primeira etapa da vacinação. No final do ano, estaremos convocando, novamente, os criadores destes animais, para a dose de reforço”, ressalta Tânia Cabral.
A raiva é causada por um vírus (Rhadbovírus), que se multiplica e se propaga, via nervos periféricos, até o sistema nervoso central, de onde passa para as glândulas salivares, nas quais também se multiplica.
A forma mais comum de transmissão é através de contato com saliva de animal raivoso, seja por mordeduras ou lambeduras de mucosa e, até mesmo, por arranhões. Em áreas urbanas, o cão é o principal responsável pelas contaminações (quase 85% dos casos), seguido do gato.
O período de incubação da doença, no homem, varia de 2 a 10 semanas (em média, 45 dias). Uma vez infectado, não há tratamento específico, e a letalidade é de 100%. O tratamento paliativo visa minimizar o sofrimento do paciente.