O secretário Executivo de Ressocialização, tenente-coronel Aurélio Rosendo, encaminhou hoje expediente à Vara de Execuções, ao Núcleo de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça (NCCO) e à Secretaria Coordenadora de Justiça e Defesa Social solicitando autorização para monitorar todas as ligações realizadas pelos reeducandos do Sistema Prisional de Alagoas.
No expediente, o secretário solicita autorização para a provisão de meios, juntos às empresas operadoras de telefonia, a fim de que sejam realizados serviços de rastreamento e de monitoramento dos 22 telefones públicos instalados nas unidades prisionais que compõem o Sistema Prisional do Estado de Alagoas.
De acordo com o secretário, a solicitação visa promover junto ao judiciário o acompanhamento dos telefonemas dos presos. “Estamos solicitando autorização para junto com as empresas de telefonia fazermos o rastreamento e mapeamento das conversações e, por conseguinte, a descoberta de possíveis ligações e ramificações criminosas. A medida visa subsidiar o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Judiciária, no desenvolvimento do mister profissional”, diz.
A medida foi tomada depois que o Ministério Público Estadual resolveu desativar os orelhões existentes nos presídios, a fim de evitar que os detentos monitorem crimes fora do Sistema Prisional. Segundo informações da assessoria, no entendimento da Secretaria, a medida seria importante no combate ao crime organizado, mas poderia ser a causa de novas rebeliões, como ocorreu no ano passado, quando um problema técnico da empresa de telefonia Telemar deixou os reeducandos sem telefones.
Orelhões
A instalação de “orelhões” no Complexo Prisional Alagoano foi uma realidade já encontrada pelo atual secretário, tenente-coronel Aurélio Rosendo, quando assumiu a pasta, em novembro do ano passado.
“A instalação de telefones públicos por módulo em alguns presídios foi autorizada por outro secretário que acreditava que a iniciativa era favorável no processo de ressocialização”, ressaltou o secretário.
Atualmente existem 22 telefones públicos no Sistema Prisional. Cinco deles instalados no Presídio Baldomero Cavalcanti e sete no Presídio Cyridião Durval (três deles desativados por quebra de aparelho).
Com assessoria