O corpo do guitarrista Rodrigo Netto, 29, da banda Detonautas Roque Clube, está sendo velado na capela do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. O sepultamento deve ocorrer ainda hoje.
Netto morto na noite deste domingo (4) após uma tentativa de assalto. Ele foi baleado na Nettinho, como era conhecido, tocava numa das principais bandas de música pop do país, que mal havia acabado de lançar seu terceiro trabalho, e recebia críticas elogiosas da mídia especializada.
No momento do assalto, Nettinho estava acompanhado de seu irmão, Rafael Netto, e de sua avó, Eliana de Andrade da Silva Netto. Um outro Astra, com quatro criminosos, tentou interceptar o carro do músico. Segundo o 3º Batalhão da PM no Rio, os bandidos deixaram o carro na região da Radial Oeste – principal via de ligação entre os bairros da zona norte e o centro do Rio – e roubaram outro veículo, um Audi preto.
O músico tentou fugir e os assaltantes alvejaram o carro. O guitarrista morreu após ser atingido na axila esquerda por uma bala que atravessou seu peito. Rafael Netto, irmão do músico, foi atingido no ombro, mas não corre risco de morte. Ele foi operado no Hospital do Andaraí. A avó dos dois não foi atingida. Os criminosos fugiram.
Uma mulher de 55 anos identificada como Geralda Marli Vieira também foi atingida pelos bandidos. Ela estava parada em um ponto de ônibus na avenida Marechal Rondon com a neta de 3 anos. Geralda foi encaminhada para o Hospital Souza Aguiar com um ferimento no supercílio.
O último show
A banda de Rodrigo Netto havia retornado de uma apresentação em Brasília para cerca de 15 mil pessoas, no Festival Porão do Rock. O grupo se apresentaria no Re[corte] Cultural da TVE Brasil nos próximos dias 5, 6 e 7 de junho.
Não é a primeira vez que um músico sofre com a violência no Rio. Em 2000, um ex-integrante do grupo O Rappa, o baterista Marcelo Yuka, foi ferido a tiros durante um assalto na Tijuca. Como consequência dos ferimentos, o músico ficou paraplégico.